Assina a petição em defesa da nossa horta.

sábado, 30 de julho de 2011

Sopa da Terra

Horta da Damaia ainda sob Ameaça

Bruno Caracol | Gaia

Junto da Praceta Luis Verney, na Damaia de Cima, um grupo de vizinhos semeou uma horta num terreno abandonado. Estranhamente, a Câmara Municipal da Amadora, depois de ter esquecido durante anos aquele espaço, vem agora afirmar que pretende despejar a horta. Já foi demolida parte de um pavilhão pré-frabricado que havia no terreno e que os hortelões se preparavam para dinamizar.
O vereador do ambiente da CMA, Gabriel Oliveira (gab.ver.goliveira@cm-amado​ra.pt) afirmou, em declarações ao Público, que "aquilo é um terreno camarário e isto não é o PREC". Aparentemente, este é o autoritarismo que rege as relações da autarquia com os seus cidadãos, mesmo quando estes vêm apenas resolver problemas com que a Câmara obviamente não tem conseguido lidar.
As hortas urbanas fazem parte da história da cidade de Lisboa e das suas periferias. representam, em casos como o dos hortelões da Damaia, uma relação viva com o espaço público, de empenho comunitário, talvez incomprensivel para quem 'espaços verdes' sejam rotundas relvadas.
Os hortelões têm uma petição online a correr, aqui.
Amanhã, Sábado, vai haver um dia de festa na horta, com musica, oficinas e piquenique.

Oficina de Bombas de Sementes

Damaia - Crime na Horta

Face Oculta | Indymedia

Denúncia Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território - Crime ambiental praticado pela C.M.Amadora

Ex. Srs.

Gostaríamos de denunciar e solicitar uma possível ajuda em face de um problema de crime ambiental ocorrido durante o dia de hoje na Horta Comunitária da Damaia presenciado pela maioria das pessoas que gerem e coabitam com este espaço.
Este espaço encontrava-se abandonado e dada a sua localização privilegiada, acabou por ser aproveitado para um projecto de Hortas Comunitárias, o qual foi aceite e acabou por reunir pessoas de diversas áreas.
O principal objectivo era dar vida ao espaço aberto a chamar a população da Damaia a participar neste projecto ambicioso, espaço esse que iria servir de troca de ideias, debates, culturas e saberes, tendo como principal ponto de convergência, as Hortas Urbanas em espaços Públicos.
São realizadas actividades como picnic´s, sendo que tínhamos programado um para este fim de semana, dia 30 onde já estava tudo mais ou menos organizado para receber cerca de 30 pessoas, que iriam estar presentes no respectivo espaço, entre elas algumas crianças, filhos de amigos etc...
Acontece que no espaço envolvente da Horta, existe o que foi em tempos uma antiga escola, que embora se encontre abandonado, servia de armazém a ferramentas e afins utilizados na manutenção do espaço.
Existiam rumores, de que a C.M. Amadora iria mandar uma brigada de intervenção para demolir a antiga escola durante o dia de hoje 28 ou sexta-feira dia 29.
Durante o dia de hoje, por volta da 16.30h, estiveram elementos da CM da Amadora e o Sr. Comandante da Policia Municipal no local para proceder à demolição da antiga escola.
Fomos confrontados com uma situação que é de todo inacreditável e incompreensível, sendo que queriam proceder à demolição de uma escola antiga, em que a maioria dos materiais são de origem cancerígena “Amianto”, altamente nocivos para a saúde publicas, resíduos esses que iriam contaminar a horta ai existente, uma vez que os elementos nem sequer estavam munidos de condições para executarem essas demolições.
O processo de demolição e a maneira como foi dirigido, é sem dúvida um crime ambiental, e como tal deve ser denunciado as entidades competentes, nomeadamente a Inspecção -Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território, dai o nosso email.
Infelizmente, uma das entidades que deveria fazer cumprir a lei "Policia Municipal", encontrava-se presente.
Parecer ridículo, mas é tal a falta de competência mostrada pelo Comandante desta Instituição, que inconscientemente acaba por pôr em causa, o bom nome naquela instituição.
Este, foi devidamente informado de que a demolição comportava riscos para as pessoas, dado se tratar de produtos com agregados de amianto, sendo estes enquadrados como resíduos perigosos no Decreto-Lei n.º 46/2008, incumprindo assim o Artigo 18 do presente Decreto.
Foi devidamente informado, de que deveria ser uma empresa especializada e credenciada a fazer a demolição.
Apesar de estar consciente dos actos ilegais que estaria a cometer, ignorou todos os pareceres dos técnicos presentes “Engenheiros Civis”, e deu ordens concretas para que se procedesse mesmo assim à demolição.
Este Sr. Comandante da Policia Municipal, não pode alegar falta de conhecimento ou informação, encontrava-se devidamente consciente dos actos que estava tomar.
Em suma devem ser reforçados nesta queixa os seguintes pontos.
1º - A Policia Municipal e a CM Amadora começam uma demolição sem estarem carenciados para a executar.
2º - Foram alertados por técnicos que se identificaram no local como sendo Engenheiros Civis.
3º - Ignoraram os pareceres técnicos dados e conscientes continuaram com um crime ambiental, procedendo à demolição sem quaisquer condições de segurança.
4º - Quando reconhecem o erro, param com as demolições.
5º - Dado que não estavam preparados para lidar com o grave problema que criaram, decidem abandonam o local.
7º - Por último, nem se preocupam em tomam quaisquer medidas para deixar o espaço contaminado por amianto interdito ao público.
Contudo e o mais preocupante é o facto das partículas de amianto se manter espalhados no local, e que o problema se encontra longe de estar resolvido, uma vez que segundo fontes da Junta de Freguesia da Damaia, só lá para segunda-feira ou terça-feira é que iriam tratar do problema.
Até lá o amianto fica espalhado ao sabor do vento, sendo que todas as partículas existentes no ar, podem inclusivamente por em causa e contaminar todos os produtos hortícolas existentes.
Assim sendo, os mesmos nem sequer pode vir a ser consumidos, o que nos leva como cidadãos, a denunciara e alertar para este facto, junto das entidades competentes.
Infelizmente, este acto bárbaro e crime ambiental, acabou por comprometer o Pic-nic marcado para o dia 30, próximo Sabado, uma vez que o mesmo terá de ser cancelado dado que todo o espaço se encontra contaminado e assim parece que vai continuar durante mais algum tempo.
Não obstante desta situação lamentável, acreditamos em durante o dia de amanha 28 ou seguintes, a C.M da Amadora, ira tentar levar para a frente novamente a demolição desta antiga escola, sem que sejam tomadas as devidas precauções devidamente legisladas no Decreto-Lei n.º 46/2008.
Assim sendo, gostaríamos de solicitar a vossa ajuda no sentido de obrigar a que a C.M. da Amadora, proceda à demolição desta escola, de acordo com a Legislação em vigor e que a mesma seja punida exemplarmente, uma vez que tal como de demonstrou, incumpriu com o disposto do Decreto-Lei n.º 46/2008.

Esperando merecer o melhor apreço pelo assunto em epigrafe, subscrevemo-nos com elevadas estimas.

Abóbora Comunitária da Damaia

A Horta Comunitária da Damaia Foi Atacada - Parece que Foi Estilo PREC

Poke | Spectrum

Na praceta Luis Verney na Damaia há décadas que nada se passava. Foram construídos uns prédios, que acabaram por fechar a praceta quase totalmente deixando no centro um edifício da antiga escola primária - um barracão pré fabricado. Um barracão e muito mato que depressa se transformou em matagal de ervas daninhas.
Há 6 meses sensivelmente um grupo de moradores decidiu pôr mãos à obra e limpou uma parte considerável do terreno e iniciou a plantação de produtos agrícolas. Como amadores nas artes hortelãs foram aprendendo o que e como fazer, foram despertando a curiosidade em mais vizinhos e foram elaborando algumas actividades a bem daquela praceta e das zonas envolventes, com especial incidência em actividades para a miudagem.
Anunciavam os hortelões um evento para amanhã, sábado 30 de Julho - um pic-nic sem Tony Carreira mas como início de uma nova fase na obra da Horta Comunitária da Damaia.
A Câmara da Amadora que deixou décadas a praceta ao abandono decidiu participar na festa da melhor maneira que arranjou, decidiu destruir o pavilhão que lá havia e que era o local onde se guardava a logística da Horta. E qual a razão para tal feito? Parece que era para mostrar "Aquilo é um espaço municipal e isto não é o PREC"(sic).
Como no caso da ES.COL.A logo a autarquia arranjou um projecto fantástico para a zona, provavelmente para a “moda não pegar”.
Não sei se o melhor é pedir à Raquel do 5 dias para ir explicar ao Sr. Vereador Gabriel Alexandre Lorena de Oliveira (PS - responsável pelo pelouro da Área do Planeamento e Gestão de Comunicações, Transportes, Trânsito e Toponímia; Áreas de Obras Municipais; Produção e Manutenção da Rede Viária; Mobiliário Urbano e Publicidade; Espaços Verdes; Iluminação Pública; Saneamento Básico; Área da Gestão Urbanística) o que foi o PREC e que o objectivo do mesmo não era necessariamente Hortas Comunitárias. Ou se será melhor este Sr. ir amanhã visitar o pic-nic que se vai continuar a realizar, pode ser que aprenda alguma coisa.
Uma coisa é certa a Horta continua de pé porque os vizinhos se opuseram à destruição das áreas plantadas e conhecendo bem os hortelões envolvidos a coisa não ficará por aqui. A horta vai ser uma realidade e na Praceta Luis Verney!
E pode ser que nas próximas eleições o Sr. Gabriel Oliveira tenha o PREC que merece.

Espiral de Ervas Aromáticas

Horta Comunitária da Damaia

Mariana Avelãs | Circo Lusitano

Não faço puto de ideia de onde é que sou. Escrevo Caldas da Rainha em tudo o que é formulário (e pasme-se, fiquei a saber que tinha mudado de local de nascimento quando tirei o cartão de cidadão), mas podia escrever Luísa Arroz, que é a única coisa que me liga às Caldas desde 1979. Percebi que gostava de Lisboa quando vivia na Irlanda, e fiz dela a minha cidade a ponto luz bordada. Nunca tinha reparado que a luz podia ter nuances de telhados e colinas e que as janelas são o que define as casas, até me ver perdida duas vezes por ano numa terra que supostamente era a minha, mas em que eu era temporariamente estranha a tudo. A luz de Lisboa acalmava-me, quando os amigos  me pediam para resumir num café toda uma outra vida banal, mas feita de outras luzes, e eu via por toda a parte gente que não podia estar cá, sabendo que quando regressasse à minha Irlanda de estudantes sempre em trânsito ia sentir todas as ruas povoadas de ausências. Em Lisboa, em Coleraine ou nas Caldas da Rainha, as minhas raízes serão sempre de carne e osso, porque as pessoas são as únicas coisas que crescem de acaso para raiz.
Toda a santa vidinha andei em escolas longe de casa, e nunca, mas mesmo nunca, por pruridos imbecis dos meus pais quanto a rankings e disparates quejandos. Sim, fui estudar para a Damaia voluntariamente, antes de lá morar. Para a Damaia, sítio que sempre detestei, porque se apanhava um comboio para ir para Lisboa, sendo que Lisboa ficava a 5 minutos de distância. Sítio onde se pagava tarifa 4 num taxi à noite, que fazia com que 100 metros ficassem mais caros do que ir do Bairro Alto até às Portas de Benfica. Sítio onde o único autocarro acabava às 7 da tarde, e passava de meia em meia hora (tudo isto mudou entretanto). Mas sítio cheio de gente que já era a minha gente quando para lá fui viver. E sítio que me dá um gozo do caraças citar agora, porque parece que a minha vida absolutamente normal e pacífica passou a ser um tratado suburbano de sobrevivência multicultural. Triste é saber que uma das minhas escolas, coladinha à Cova da Moura, passou a ser uma escola de rankings, que selecciona alunos e sacrifica aquilo que tinha de melhor: gente de toda a espécie e feitio, bons alunos e maus alunos, que faziam dela uma escola igual às outras todas. Sim, pasmem: uma das escola da Damaia, colada à Cova da Moura, é agora uma escolazeca de elite. Pior para quem lá anda.
Porque a Damaia é um sítio igual a todos os outros. Onde continua a morar muita da minha gente, que é tão minha como a gente que se fez minha por outras partes, mas nem por isso menos minha. E não pondo eu lá os pés há muito tempo, tenho um orgulho estúpido neste projecto: Horta Comunitária da Damaia. E não é só porque gosto muito de quem o planta que vos convido a assinar a petição. A Damais é um pormenor; quem faz coisas destas é que não.

Mural

teste

bladidadadblaidi