Bruno Caracol | Gaia
Junto da Praceta Luis Verney, na Damaia de Cima, um grupo de vizinhos semeou uma horta num terreno abandonado. Estranhamente, a Câmara Municipal da Amadora, depois de ter esquecido durante anos aquele espaço, vem agora afirmar que pretende despejar a horta. Já foi demolida parte de um pavilhão pré-frabricado que havia no terreno e que os hortelões se preparavam para dinamizar.
O vereador do ambiente da CMA, Gabriel Oliveira (gab.ver.goliveira@cm-amadora.pt) afirmou, em declarações ao Público, que "aquilo é um terreno camarário e isto não é o PREC". Aparentemente, este é o autoritarismo que rege as relações da autarquia com os seus cidadãos, mesmo quando estes vêm apenas resolver problemas com que a Câmara obviamente não tem conseguido lidar.
As hortas urbanas fazem parte da história da cidade de Lisboa e das suas periferias. representam, em casos como o dos hortelões da Damaia, uma relação viva com o espaço público, de empenho comunitário, talvez incomprensivel para quem 'espaços verdes' sejam rotundas relvadas.
Os hortelões têm uma petição online a correr, aqui.
Amanhã, Sábado, vai haver um dia de festa na horta, com musica, oficinas e piquenique.
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